-alunos estão agora a noite em frente ao ginásio onde acontece cerimônia de colação de grau-
Alunos de vários cursos da Universidade de Mato Grosso, do Campus de Cáceres decidiram pela realização de um protesto para denunciar problemas na estrutura da instituição. O fato ocorre no momento da visita do governador Pedro Taques (PDT) a Unemat, onde participa de eventos.Pedro Taque participa agora a noite da cerimônia de colação de grau da instituição.
Alunos dos cursos de Agronomia e Educação Física, decidiram protestar, pois estão com salas sem ar condicionado e sem água para beber. “Não há condições. Acreditamos que o governador, que falou que Mato Grosso iria respirar educação durante sua gestão, irá se sensibilizar e nos ouvir. A Unemat precisa se estruturar”.
Conforme o aluno Alisson Braga o problema vem se arrastando há meses sem que nenhuma providência tenha sido tomada. "A situação é crítica, o calor é insuportável a a falta de água complica ainda mais" - disse o estudante por telefone ao PlantãoNews.
A coordenadora do curso de Agronomia, Leonarda Grillo Neves, interrompeu a aula que ministrava hoje por "total falta de condições humanas" de atuar. Ela explicou aos alunos que manteve contato com a reitoria pedindo providências quanto ao fornecimento de água para consumo mas a reitoria disse que "não tem como resolver".
No ano passado, no governo Silval Barbosa, uma greve dos alunos de Medicina da Unemat durou 76 dias, depois de insistentes campanhas por melhorias na instituição. Os universitários denunciavam o sucateamento do curso de Medicina, o abandono da obra do laboratório e outras deficiências. A greve foi encerrada mas os estudantes afirmaram a decepção com a postura da gestão da Unemat em cessar o diálogo durante a greve e exigir o retorno dos acadêmicos às salas de aula. Os alunos entendem, porém, que o fim da greve não implica no fim da busca por melhor qualidade de ensino.
Em um manifesto os alunos afirmaram à época que apesar de suspenderem a paralisação os acadêmicos acompanharão todos os itens acordados em audiência de conciliação para que as promessas feitas pela gestão da Unemat sejam cumpridas. Os acadêmicos lamentam que todos os itens do manifesto não foram conquistados, como era a proposta inicial, porém, reconhecem que o movimento de greve teve significativa importância dentro da universidade. Entre as mudanças, está a saída da docente Cláudia Cestari do cargo de coordenadora do Curso de Medicina e o acordo de reposição das aulas que ficaram pendentes desde a implantação do curso, em 2012.
Á época do movimento o então governador eleito Pedro Taques, havia se comprometido em trabalhar a reestruturação do curso na Lei Orçamentária Anual (LOA).
O protesto em frente ao ginásio está sendo acompanhado pela Polícia Militar.