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Agentes de combate a dengue param de trabalhar por falta de material
Por Sinezio Alcantara
16/03/2015 - 08:21

Foto: ilustrativo

 

em Cáceres, há bairros com mais de 9% de índice de infestação do mosquito transmissor da dengue

Agentes de combate a endemias da Vigilância Sanitária suspenderam as atividades, no auge da prevenção e combate a dengue e a febre chikungunya, em Cáceres. A paralisação, por tempo indeterminado, teve início na quinta-feira (12). Eles alegam que não dispõe de boletins diários, material utilizado para anotação de registro de pesquisas, sobre a evolução da dengue nos imóveis. O secretário de Saúde, Wilson Kishi atribui a falta do material a “imprevistos”. Coordenador de Vigilância em Saúde, Josué Alcântara, acredita que os formulários sejam liberados pela gráfica no decorrer da semana.

 

Os boletins, de acordo com os agentes, estão em falta há vários dias. Afirmam que, o trabalho só não foi paralisado antes porque, estavam atuando com xerox do material. E, que agora, nem mesmo as cópias estão disponíveis. Durante a paralisação, os 60 agentes de combate a endemias, permanecem na sede da Vigilância Sanitária, realizando trabalhos administrativos. É a terceira vez, em menos de um ano, que os agentes suspendem as atividades por falta de material. A primeira aconteceu em junho e a segunda em novembro de 2014, quando cruzaram os braços, alegando falta de pipeta – material usado para coleta de larvas para análise em laboratório -  e os mesmos boletins. 

 

O secretário de Saúde, Wilson Kishi, não quis entrar em detalhe sobre a paralisação. E, atribui a falta de boletins à imprevisto. “Imprevistos acontecem. E é possível superar se houver boa vontade do servidor. O Pronto Socorro Municipal, por exemplo, nunca paralisou as atividades por falta de um simples papel. Essa atitude reflete o perfil de cada servidor” disse demonstrando descontentamento com a categoria. O coordenador de Vigilância José Alcântara, informou que entrou em contato com a direção da gráfica, responsável pelos impressos e acredita que, no decorrer da semana, o material estará disponível.

 

Redução do Índice de Infestação

 

            Apesar da paralisação, existe o lado bom do setor. O Levantamento de Índice Rápido do Aedes aegypti (LirAa), concluído na quinta-feira, apontou uma redução do índice de infestação do mosquito da dengue, no município, em relação ao penúltimo levantamento realizado no dia 8 de janeiro. Em janeiro o índice estava em 4.1%.  Considerado pelo Ministério de Saúde, de alto risco epidemiológico. Em março, o índice caiu para 3.7% de infestação. Considerado, pelo Ministério de Saúde de alerta epidemiológico.

 

 “Saímos do alto risco para o de alerta epidemiológico. Não significa que está bom. Não podemos de forma alguma conformar. Não podemos baixar a guarda. Pelo contrário, temos que intensificar os trabalhos e buscar a redução ainda mais, até chegar a 1% que é o tolerável pelo Ministério da Saúde” alertou Josué informando que, do período de janeiro a 6 de março, deste ano, 245 moradores,  cujos imóveis oferecem risco com potencial criadores do mosquito da dengue, foram notificados pela Vigilância Sanitária. Na maioria deles, segundo ele, foram encontrados focos do mosquito.

 

Desse total, conforme o coordenador, três que deixaram de cumprir as orientações dos agentes de combate a endemias - limpeza dos quintais, tampas em caixas d’água e eliminação de lixos que acumulem água – foram autuados e, automaticamente, encaminhados para o Ministério Público, para instauração de processo criminal. Neste ano, até agora, de acordo com a Vigilância Sanitária, foram registrados apenas 14 casos suspeitos de dengue. Porém, nenhum foi confirmado. O número é bastante inferior em relação aos anos anteriores. Em  2013, foram 860 notificações contra 160 de 2014.

 

 

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