Para burlar as ações de segurança pública na região de fronteira com a Bolívia (composta por 29 municípios), as ‘cabriteiras’ -estradas que são empregadas por narcotraficantes e ladrões de veículos são diariamente fabricadas. “Cabriteira nasce todo dia", diz o comandante do Grupo Especializado em Fronteira (Gefron) tenente-coronel Jonildo de Assis, que defende os trabalho desenvolvido na área. Ele frisa que a área gigantesca é um dos desafios
‘Nós monitoramos parte dessas estradas. As que desaguam nas rodovias estaduais e federais, principalmente, mas o crime se articula, sempre procura novos caminhos e invadem as fazendas para poder usar as estradas’,avalia.
No total, os 29 municípios da região representam um total de 704 km de fronteira seca, e mais de 200 km alagados ou alagáveis, somando quase 1 mil km de fronteira.
De acordo com o secretário de segurança pública, Mauro Zaque, ações de repressão integradas para área de fronteira são fundamentais, a exemplo da Força Tarefa VIII, desencadeada no final do mês de maio, reuniu além do aparato de segurança pública estadual, equipes da Polícia Federal e Receita Federal.
Na ação, 14 armas foram apreendidas na operação. “O Estado se faz presente no combate a porta de entrada do tráfico, tanto é que armamento, veículos, dinheiro e munições foram apreendidas. Todos esses bens serão revertidos para a segurança em prazo célere. Os reflexos de ações como essa são sentidos por semanas”, defendeu Zaque.
No ano passado, o comando do Gefron chegou a informar que pelo menos 130 estradas foram mapeadas pela unidade, que atualmente com aparato de 100 policiais, que estão distribuídos nas bases fixas instaladas na região conhecida como ‘Avião Caído’ (Porto Esperidião); Matão (instalada na região de Pontes e Lacerda) e Vila Cardoso (Porto Esperidião).