No Brasil, a produção e análise de indicadores sociais, relacionam-se ao crescimento econômico do período do pós-guerra até o início da República Nova, que levou o país a ingressar no grupo das dez maiores economias do mundo, consequentemente, esse período foi marcado pelo começo de profundas transformações estruturais, na gestão, controle e de demandas sociais. A instituição responsável pelo levantamento e processo de informações educacionais é o Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (INEP), (Anísio Teixeira, baiano, era uma das figuras míticas da educação brasileira) - atrelado ao Ministério da Educação (MEC). Os indicadores produzidos pelo INEP/MEC têm como objetivo serem medidas em geral quantitativas e dotadas de significado para o contexto do sistema educacional brasileiro.
Parece confusa, mas se observarmos melhor esta comparação, poderemos entender que tudo tem um propósito, um motivo, um objetivo e uma finalidade. Os indicadores sociais contribuem para tal finalidade, ou seja, a construção e implementação de uma política pública, que através de um estudo, pesquisa e dados coletados contribuem para uma atenção na formulação de algo quer possa de alguma forma mudar esta ou aquela situação. As sociedades modernas têm, como característica, a diferenciação social, possuem atributos diferenciados como idade, sexo, religião, estado civil, escolaridade, renda, setor de atuação profissional e tantos outros fatores geradores de fontes de montagem e sistematização de dados.
Pessoas instruídas são mais bem informadas sobre doenças, tomam medidas preventivas, reconhecem sintomas precocemente e tendem a usar serviços de saúde com mais assiduidade. Apesar de benefícios óbvios, a educação é negligenciada como uma intervenção vital na saúde e como meio de tornar mais efetivas outras mudanças sociais. E aqui não estou falando nada de novo. Tem que haver uma atuação conjunta, uma parceria pela vida, e começa a partir de um nome e de uma voz e aqui estamos na mídia para assegurar isto.
Ao final, posso inferir que há poucos exemplos tão dramáticos do poder da educação quanto a estimativa de que, na década passada, a vida de 2,1 milhões de crianças menores de 5 anos foi salva por avanços na educação de mulheres em idade reprodutiva. A educação das mães é crucial, tanto para sua própria saúde quanto para a dos filhos. Todos os dias, quase 800 mulheres morrem de causas evitáveis ligadas à gravidez e ao parto. Se todas as mulheres concluíssem a educação primária, haveria 66% menos mortes maternas, salvando-se 189 mil vidas por ano. Melhorar a educação é uma forma poderosa de ajudar a reduzir conflitos, e certamente inúmeras melhorias na qualidade de vida
Rosildo Barcellos, Articulista