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Afastamento por droga cresce 60% em MT
Por Diário de Cuiabá
09/09/2014 - 08:25

Foto: ILUSTRATIVA

Nos últimos cinco anos, o Estado registrou aumento preocupante no número de pessoas afastadas em decorrência da dependência química

 
Nos últimos cinco anos, Mato Grosso registrou um aumento de quase 60% no número de afastamentos de trabalhadores das funções laborais por doenças decorrentes da dependência de drogas - especialmente álcool e cocaína - ou a combinação dessas duas e outras substâncias. 

Entre 2009 e agosto deste ano, 5.529 mato-grossenses deixaram de trabalhar por períodos variados por depressão, transtornos mentais e de comportamento e outras complicações causadas pelo consumo de drogas, conforme dados da Divisão de Acompanhamento e Controle de Benefício por Incapacidade, um departamento do INSS (Instituto de Seguridade Social). 

Mato Grosso já integra a lista dos oito estados, mais o Distrito Federal, nos quais ocorreu o maior aumento nos índices de pedidos de licenças ao INSS. Está junto com Pernambuco, São Paulo, Goiás, Paraíba, Distrito Federal, Amapá, Pará e Ceará. 

No Estado, o número de concessões de licenças saltou de 763 em 2009 para 1.190 no ano passado (2013). Este ano, o índice registrado entre janeiro e agosto – 706 - já está bem próximo do total de 2009, citado acima. 

Em 2009, por exemplo, 420 trabalhadores com diagnóstico de transtorno depressivo recorrente tiveram seus pedidos de concessão de afastamento autorizados no INSS. A mesma doença motivou 664 concessões no ano passado. 

Em percentuais superiores cresceu o número de licenças por transtornos provocados pela combinação de múltiplas drogas. De 70, em 2009, saltou para 205, em 2013, apontam as estatísticas disponibilizadas pela Gerência Executiva do INSS em Cuiabá. 

Esses afastamentos são identificados nos formulários da Previdência sob o código CID-10 (Classificação Internacional de Doenças), relacionados ao uso de drogas. 

A.R., 34 anos, trabalhava como açougueiro até pouco tempo. Já passou por três empresas, sempre na mesma função, entretanto há quase um ano está afastado da profissão por causa das drogas. 

Com três filhos para criar, A. parece ter perdido o sentido da vida. Nem mesmo a presença das crianças, o amor da mulher e da mãe o afasta das drogas. Ele já passou por várias internações, chegou a retornar ao emprego, mas recaiu nas drogas e não teve condições de continuar trabalhando. 

A mãe, que já perdeu um filho assassinado, que também era dependente de drogas, se emociona ao falar de A.R. “É muito triste, dói meu coração ver meu filho se perdendo nas drogas”, chora. 
 

 

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