Objetivo é debater a segurança pública em MT e a situação de trabalho dos investigadores
O Sindicato dos Policiais Civis de Mato Grosso, o Siagespoc, inicia nessa quinta-feira, dia 02 de julho, em Cáceres uma série de encontros com o objetivo de discutir a situação de trabalho dos Investigadores de Polícia no estado. Os encontros integram o Fórum Estadual Investigador de Polícia. Na sexta-feira, dia 03, o encontro será em Pontes e Lacerda.
Durante os encontros serão debatidas as atuais condições de trabalho dos investigadores. O Sindicato quer ouvir os anseios dos profissionais, suas queixas, reivindicações, as dificuldades no trabalho, as expectativas em relação a carreira, entre outros assuntos.
O presidente do Siagespoc, Cledison Gonçalves da Silva, ressalta que um dos principais tema a ser debatido nos encontros é quanto a exigência acadêmica para o ingresso na carreira de investigador por meio de concurso público. A categoria está dividida, uma parte pede que seja necessário formações específicas, como Bacharel em Direito, Ciência Contábeis e Analistas de Sistema, entre outros. Desde 2004 é exigido diploma de ensino superior para o ingresso na carreira, mas sem especificar qualquer área de formação.
“No dia-a-dia da atividade, verifica-se que o investigador precisa ter uma formação mínima em determinadas áreas para fazer um bom trabalho, por exemplo crimes em envolvem corrupção. A formação é fundamental para que se realize um bom trabalho de investigação”, explica Cledison.
Outro assunto em destaque será o baixo número de investigadores de polícia no estado de Mato Grosso, o que acarreta vários problemas, entre eles o excesso de trabalho por parte dos profissionais, dificuldades para realizar as investigações, e para a sociedade a demora em concluir inquéritos ou se chegar aos autores dos crimes.
“Temos várias cidades sem nenhum investigador e situações em que o policial não tem autorização do delegado para tirar férias, porque não existe outro para ficar no lugar dele”, conta o presidente do Siagespoc.
Atualmente, Mato Grosso conta com aproximadamente 2.000 investigadores de polícia, incluindo os 300 que estão saindo da Academia de Polícia e que serão incorporados a Polícia Civil a partir de agosto. O ideal para Mato Grosso, de acordo com o Sindicato, é que este número seja o dobro.
Ao todo serão 15 encontros, cobrindo todas as regiões de Mato Grosso. O último será em Cuiabá, em outubro. “Este é o primeiro momento, depois dos encontros, vamos encaminhar um relatório completo, um verdadeiro mapa da situação, ao governador, ao secretário de Segurança Pública e ao diretor da Polícia Civil. Depois queremos ouvir prefeitos, promotores, juízes e presidentes dos conselhos de segurança sobre a situação dos municípios, quais as necessidades e o que eles querem”, diz Cledison.
Além de Cáceres e Cuiabá, o Fórum Estadual Investigador de Polícia realiza encontros em Pontes e Lacerda, Rondonópolis, Alto Araguaia, Peixoto de Azevedo, Alta Floresta, Sinop, Tangará da Serra, Diamantino, Primavera do Leste, Barra do Garças, Confresa, Água Boa e Juína.