A solenidade de posse do primeiro docente da Unemat a uma cadeira da Academia Mato-grossense de Letras (AML) realizada na última quarta-feira (30.04) mostrou o prestígio do professor Agnaldo Rodrigues da Silva que foi empossado na Casa Barão de Melgaço sob aplausos de pé dos convidados que ocuparam todos os lugares do Espaço. A plateia estava repleta de docentes, técnicos e alunos da Unemat que aplaudiam o profissional, o amigo, o colega, o professor, o aluno Agnaldo Silva. O reitor Dionei Silva, o ex-reitor Taicir Karin e os pró-reitores Vera Maquêa, Francisco Lledo e Sérgio Fanaia também estavam presentes na cerimônia.
Para o presidente da AML, o imortal Eduardo Mahon, a escolha de Agnaldo Silva que a partir de agora ocupa a cadeira de número 10 da Academia, foi baseada no que o mais novo membro representa para a sociedade. “Posso citar alguns pontos. Primeiro ele representa a literatura; segundo a docência; terceiro, por ser de Cáceres, a interiorização; quarto o ensino público. O Agnaldo compreende vários nichos de representação de conhecimento”, enumerou Mahon. Após a leitura do Termo de Posse Silva recebeu o pelerine das mãos da amiga e membro há 18 anos da AML, Yasmim Nadaf.
Em seu discurso de posse Agnaldo Silva citou o deus romano Jano, aquele que tem duas faces, uma que olha para o passado e a outra para o futuro e que representa o mês de seu nascimento, o mês de janeiro. O mais novo imortal da AML homenageou todas as escolas por onde passou assim como todos seus ex-professores e colegas. Falou com orgulho da Universidade do Estado de Mato Grosso onde se graduou e trabalha e do entusiasmo que sentia. “Hoje me sinto realizado, é uma prata da casa que alcança um grau que havia sonhado”, mencionou Silva.
O imortal Sebastião Gomes fez o discurso de recepção de Agnaldo Silva que agora ocupa a cadeira de seu antecessor o historiador Corsíndio Monteiro da Silva e cujo patrono é o magistrado Prudêncio Giraldes Tavares da Veiga Cabral. Entre as várias pessoas que o homenageou estava sua ex-professora e hoje colega, Elizabeth Batista, que o teve como aluno nas disciplinas de Teoria Literária e Literatura Brasileira, durante o curso de Letras. “Ele sempre foi um aluno muito presente e empenhado. Suas apresentações muito originais. Naquela época já era possível perceber que o Agnaldo seria um bom investimento”, comentou Betinha, como é conhecida na Unemat.
O professor é pós-doutor em Letras pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul, e na Unemat é coordenador do Centro de Pesquisa em Literatura e presidente do Conselho Editorial e líder do Grupo de Pesquisa em Estudos de Arte e Literatura Comparada Unemat/CNPq. Também integra o quadro de professor do Programa de Pós-graduação em Estudos Literarios que possui o mestrado em Estudos Literários e o primeiro doutorado institucional da Unemat também em Estudos Literários.