A Associação de Ajuda aos Animais de Cáceres (AAAC) vem a público esclarecer o trabalho que desenvolve junto ao município de Cáceres em prol dos animais em virtude de alguns equívocos. A ONG resgata animais que vivem em situação de risco e de abandono nas ruas de Cáceres. Com os recursos financeiros obtidos através de doações da população e de empresários, mais as ações desenvolvidas pela própria AAAC estes animais são tratados em clínicas veterinárias, vacinados, vermifugados, castrados e, quando saudáveis, colocados para adoção. Até que sejam adotados são guardados em lares temporários por protetores da ONG, que ainda não possui abrigo.
A AAAC é uma ONG sem fins lucrativos que, até o momento, não recebe ajuda financeira do poder público. Todos os protetores da AAAC trabalham de forma voluntária. E, apesar de todas as dificuldades que enfrenta desde sua criação, no começo deste ano, a ONG tem recebido várias ligações de proprietários de animais de estimação que solicitam ajuda para o tratamento de seus pets assim como a solicitação de resgate para animais que sofrem maus tratos de donos que deveriam protegê-los e não o fazem. E ainda há aqueles que ligam para “doar” para a ONG seus animais de estimação que por diversos motivos não cabem mais em seus lares.
“Nosso trabalho atende toda a sociedade ao retirar das ruas animais abandonados. Mas não podemos arcar com despesas de particulares. Nós defendemos a posse responsável de animais. E a guarda de um animal custa caro. O proprietário de um bichinho de estimação precisa entre outras ações, vacinar, castrar, manter o animal identificado, permitir o acesso à rua apenas acompanhado com coleira e guia, oferecer cuidados básicos como alimento, água e higiene”, frisou a presidente da AAAC, Katllen Karitas. Ela ainda citou que animais são seres vivos e a decisão de tê-los sob guarda envolve custos e despesas nos momentos de saúde e de enfermidade. “Nós também não recebemos doação de animais. A AAAC não é um lugar para onde os proprietários enviam seus ‘melhores amigos’ quando não os querem mais, ou quando permitem que os animais procriem e depois não sabem o que fazer com os filhotes”.
Com relação às denúncias de maus tratos a AAAC encaminha ao Ministério Público Estadual (MPE) que determina que o resgate seja realizado pelo Juizado Volante Ambiental (Juvam). “Nós não temos poder de polícia para entrar em propriedades particulares para fazer resgates. Muitas vezes as pessoas que nos ligam não entendem. Eles querem que façamos investigação e resgate na mesma hora em que nos contatam. Quando nosso papel, nesta situação, é o de levar ao conhecimento do MPE para que as providências sejam tomadas”, esclareceu Katllen Karitas.