Com a finalidade de apresentar os resultados do primeiro ano de integração e o desenvolvimento dos grãos no Sudoeste de Mato Grosso, representantes da Associação dos Produtores de Soja (Aprosoja) Federação da Agricultura e Pecuária de Mato Grosso (Famato), Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Mato Grosso (IFMT) e Universidade Estadual de Mato Grosso (Unemat) se reúnem nesta terça-feira (31), durante o Dia de Campo II Encontro Técnico da Soja e do Milho, no município de Cáceres, na fazenda Ressaca, Nelore Grendene.
Entre os resultados que serão apresentados, técnicos que trabalham sob a meta de atingir a lotação de oito animais por hectare no período de cinco safras, mostrarão que já no primeiro ano de integração, passaram de um para 3,5 animais por hectare, aumentando a produção sem a expansão da área. O impacto do nitrogênio na produção de proteína vermelha também será tratado, bem como o volume e a área de produção de grãos na região Sudoeste do Estado e suas perspectivas.
Sem registros de ferrugem asiática as plantações na região de Cáceres, por exemplo, passou a responder neste ciclo por aproximadamente 5 mil hectares de soja em Mato Grosso.
De acordo com o diretor da Fazenda Ressaca, Ilson Correa, que passou a administrar uma integração entre pecuária e lavoura, além do clima da região, as ocorrências de doenças se ausentaram pelo contínuo monitoramento técnico.
O diretor diz ainda que apesar do recente cultivo de soja nesta área, já existe uma cultura de monitoramento diário nas lavouras, em que os profissionais se empenham para evitar perdas e garantir produtividade.
Este é o primeiro ano em que se cultiva soja da Fazenda Ressaca, foram destinados 1.100 hectares à oleaginosa, com a expectativa de produtividade média de 45 sacas por hectare. Para a primeira experiência os responsáveis apostaram no plantio de quatro variedades.
O diretor explica que foi dado premência à diversificação para que na próxima safra se saiba em qual variedade investir, seja ela tardia, de médio ou curto ciclo.
O objetivo é aumentar cerca de mil hectares ao ano e tornar Cáceres em um pólo de produção de grãos, assim como já é na proteína animal.
Devido as precipitações de chuvas no início de fevereiro somente na segunda quinzena do mês foi possível o início da colheita da soja na região.
Presente recentemente no mapa do cultivo de grãos, a região pantaneira se mostra com alto potencial produtivo nesta safra 2014/15, pois nenhum foco de ferrugem asiática foi diagnosticado, conforme o levantamento realizado pela Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa).
Segundo o levantamento Consórcio Antiferrugem, da Embrapa, neste mesmo período do ciclo passado os registros de ferrugem asiática em Mato Grosso foram de 26 focos, enquanto que na safra atual o número cresceu para 31 ocorrências, sem envolver nenhum município da região alagada do Estado.